A FABRICA DE CALÇADOS
POR FAVOR PEÇO QUE LEIAM COM ATENÇÃO, E PROCEDA DEUS MEU PAI CONTRA MIM CONFORME A SUA SANTA E PODEROSA JUSTIÇA SE EU LHES ESTIVER TESTEMUNHANDO EM FALSIDADE.
FEVEREIRO Anos 1990, a cidade de Curitiba vivia como o resto do país sobre o regime de um governante que mexeu em todo o poder financeiro do Brasil, Um presidente jovem chamado Fernando Collor de Mello ( Seu governo ficou conhecido como " A ERA COLLOR " ). Empresas demitiam em massa seus funcionários devido a crise que se alastrava sobre todo o país. Os trabalhadores e seus familiares sofriam com o desemprego, e ainda pra piorar sua situação, tinham seu dinheiro preso nos bancos devido a uma medida infeliz do presidente, que não permitia que fossem mexidos em nenhuma caderneta de poupança por um prazo de 1 ano, medida essa que prejudicou e muito a vida de muitos brasileiros. Os empresários, como uma forma de amenizar o problema
( deles, é claro ), adotaram um sistema de produzir estoques grandes em suas empresas, e deixar tudo armazenado, e em seguida demitiam seus funcionários, principalmente os ajudantes de produção. Com aqueles estoques, as empresas conseguiam atender seus clientes durante meses, e só então empregavam outros funcionários, mas por um período de no máximo três meses, somente para produzirem o estoque necessário , e então eram também demitidos. Não havia chance e nem certeza de estabilidade para aqueles trabalhadores, e muitos deles acabavam frustrados, pois em sua ingenuidade, não percebiam que estavam sendo contratados apenas temporariamente, pois os empresários, talvez com receio de não conseguir mão de obra suficiente nessas condições, escondiam essa informação. Eu estava vivendo essa crise, e sofrendo com o desemprego também, pois havia sido demitido do meu emprego de ajudante de produção numa empresa chamada Meliane fabricante do sabão Guaira e da cera Canário. Fui vitima desse sistema e agora estava correndo atrás de um novo emprego, pois vivia sozinho e dependia de pagar o aluguel de uma casinha de madeira de duas peças em que morava, dependia também de dinheiro para pagar a lavagem de minhas roupas, dependia de dinheiro para me alimentar, e ainda dependia de dinheiro para prestar assistência a uma filhinha de dois anos chamada Rosana Mariáh, a qual nasceu de um relacionamento com uma namorada de nome Rose Marilda, e prestar assistência também a um filhinho que ela tinha chamado Romildo Cezar de três anos ( quando eu a conheci, ele tinha poucos meses de vida ), e que eu sempre amei como a um filho também desde o primeiro dia em que o vi até hoje, e ainda para todo o sempre.
Certo dia numa quarta-feira daquele mesmo mês de Fevereiro, estava eu como todos os dias, a procurar emprego, andando quilômetros á pé, pois não tinha dinheiro para tomar ônibus, e nem mesmo para comer ( Nas poucas vezes que conseguia um pouco de dinheiro, e era realmente pouco mesmo, eu comprava um pãozinho tipo francês e um pequeno pedaço de linguiça em algum açougue, era apenas um pedaço pequeno que coubesse no meio do pão para formar um sanduíche ). Naquela manhã de quarta-feira eu estava sem dinheiro algum, e portanto sujeito a ficar mais um dia sem me alimentar. ( Muitas vezes quando a fome me maltratava ao extremo, eu rasgava sacos de lixo em frente a algum restaurante, sacos esses onde haviam restos de comida, e com as próprias mãos levava até a boca para saciar a fome. Hoje sei que com isso arrisquei a vida, pois poderia haver pedaços de vidro quebrado, cacos de copos e garrafas, comum em restaurantes. A questão é que naqueles momentos a razão era muda e a fome gritava, não havia como pensar no perigo de ingerir pedaços de vidro que poderiam perfurar meus intestinos, levando-me à morte.) Às 09:30 eu estava andando pela cidade de Colombo, onde morava na época, e após passar procurando emprego por algumas empresas sem obter sucesso, cheguei então a uma fábrica de calçados, e na recepção da fábrica havia uma loja onde se vendiam os calçados fabricados ali. Vi uma chance de conseguir o tão sonhado emprego, e todo esperançoso entrei. Uma jovem muito bonita aparentando uns 18 anos mais ou menos, veio ao meu encontro e me recepcionou com muita simpatia ( Talvez pela obrigação que o trabalho exigia, ou simplesmente por naturalidade ), após falar-lhe o motivo que me levou até ali, perguntei a ela se não haveria uma vaga em aberto, principalmente na área de produção. Continuando ainda com sua simpatia ( Que agora me dava a certeza que era algo espontâneo nela, pois agora sabia que eu não era um cliente a procura de um bom sapato para comprar, portanto ela não precisaria mais ser simpática e me tratar com formalidade. Me alegrei com aquilo, e vi que ela procuraria me ajudar com alegria e boa vontade ), ela pediu para que eu me sentasse em um sofá que existia ali mesmo na loja e aguardasse que ela iria falar com seu patrão e logo voltaria com uma resposta. Quando a simpática vendedora entrou na sala de seu patrão, eu já sentado passei o olho por todo aquele ambiente onde Havia outras lindas jovens atendentes e vendedoras, e eu fiquei imaginando como seria bom trabalhar naquela fábrica, pois parecia ser um ambiente amigo e acolhedor. Havia em minhas mãos um livro, um romance chamado " Os Pássaros Feridos ", que eu estava lendo à dias ( A leitura sempre me agradou ) e eu levava aquele livro comigo para ler em ocasiões como aquela, em que eu teria que aguardar para ser atendido para ser atendido. Abri o romance na página em que havia parado, e retomei então a leitura. pouco mais de cinco minutos depois, aquela jovem retornou com a informação de que seu patrão viria falar comigo, agradeci a gentileza daquela moça e me senti feliz, pois se aquele homem viria até mim, era sinal de que uma chance havia de ele estar precisando de um funcionário para sua fábrica. Como deveria continuar esperando, voltei a minha leitura. Passaram-se 35 minutos e então aquele homem de barriga grande e aparentando ter uns 50 anos ou mais, veio até mim e disse que havia uma vaga de trabalho para homem, e que eu deveria aguardar mais um pouco que ele logo me chamaria até sua sala para conversarmos sobre o assunto. Agradeci a ele com o coração todo eufórico, pois agora só bastaria uma entrevista e eu já poderia talvez ser contratado, com dificuldades pra conter tamanha alegria, retornei a leitura do livro e aguardei. Os minutos foram passando, as horas foram passando, e eu continuava aguardando sem entender o motivo de tanta demora, pois só existia a mim para ser atendido por ele, e ninguém entrava e nem saia daquela sala. Ao meio-dia ele saiu da sala, olhou para mim, e disse que iria sair para almoçar e que eu o aguardasse pois não tardaria a voltar, e se foi para seu almoço me deixando ali com minha leitura. Pensei em sair um pouco, dar umas voltas ali por perto da fábrica, fazer hora até que ele voltasse , mas resolvi ficar ali mesmo lendo meu livro, pois ele não disse o horário que voltaria, disse apenas que seria logo.
Eram 14:15 quando ele voltou, e novamente mandou aguardar até que me chamasse.Os minutos foram passando, as horas foram passando, e eu continuava aguardando, apenas lia o livro e não conversava com ninguém ali dentro para não atrapalhar o trabalho das funcionárias, e porque aquele livro me agradava. Somente aquela jovem que havia me recepcionado, por algumas vezes se manifestava, agora com um sorriso um pouco sem graça, pois ela própria estranhava a demora de eu ser atendido, e soltava vez ou outra a frase " Tá demorando, né ? " Na verdade parecia que ela estava se sentindo um tanto desconfortável com aquela situação, ou talvez um sentimento de indignação por seu patrão me fazer esperar tanto tempo ali sentado sem me atender. Exatamente as 16:50 aquele homem saiu de sua sala, e ao olhar para mim parecia estar possuído por algum espírito satânico, pois se dirigiu até mim gritando feito um louco,violento e assustador:
O que você tá fazendo aqui ainda seu vagabundo? Tá querendo estuprar as minhas funcionárias? Suma daqui vagabundo!!!
Fiquei surpreso, estarrecido e assustado com a atitude daquele homem, e sem entender aquilo, levantei-me do sofá e tentei dizer-lhe que foi ele mesmo quem havia me mandado esperar ali, mas não houve chance de diálogo, e aquele raivoso homem me empurrou com as duas mãos, e com violência cai ao chão derrubando um expositor de sapatos que foram todos ao chão, o sujeito pareceu se irar ainda mais e me chutou as costelas mandando eu me levantar e me xingando de vagabundo como sempre me agredindo verbalmente também. Ele me levantou do chão pela camisa, e ainda me puxando pela camisa me conduzia para fora com violência assustadora com a outra mão que estava livre, ele esmurrava minha cabeça, e quando me tirou para fora da loja, jogou-me ao chão que estava cheio de pedra brita o que já me causou pequenos ferimentos de esfolamento. Não contente com isso passou a me chutar violentamente, enquanto me mandava sumir dali sempre me chamando de vagabundo estuprador. Senti minha alma ser esfolada junto com aquelas pedras que perfuravam minhas roupas e minha pele. Minha sangrava a cada momento que eu era acusado de ser algo que eu não sou. Muitas pessoas, transeuntes e também funcionários da fábrica, assistiam a tudo, e até hoje eu me pergunto sobre o que se passava na cabeça de todos eles ao assistirem aquela cena horrível e cruel. Quando consegui me levantar e correr um pouco ( Pois só assim aquele bárbaro conseguiu parar de me agredir ), a moça simpática que me recepcionou na minha chegada na loja, me veio com um olhar indignado, e trazia na mão o livro para me entregar, e com um sentimento de revolta me disse: " Esse homem deve ser doente da cabeça, você tem que dar parte dele na policia. " Ela olhou para as minhas roupas rasgadas e e com um pouco de sangue, tocou-me o rosto com a mão e disse: " Não desanime, você vai conseguir trabalho logo, você merece algo bom. " Aquelas foram as palavras de conforto para a minha machucada alma, e foi também a única vez que vi aquela jovem, pois nunca mais em minha vida voltei lá. Agradeci a ela pelo carinho e me pus a andar, ai então comecei a chorar sozinho com desespero de dor na alma, e todos nas ruas por onde eu passava, não sabiam o que tinha me acontecido, viram o meu estado, mas nenhum deles parou para me perguntar e nem mesmo para procurar me ajudar , ou ao menos tentar. * = *
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Veja só como o demônio trabalha contra nós, lembra-se do episódio que lhe contei, aquele que aconteceu dentro de um shopping? Notou que lá eu também era acusado de estuprador e vagabundo? Pois então, nesse episódio da minha vida que acabei de lhe contar não foi muito diferente do outro, isso porque o diabo tenta nos transformar em alguém com o caráter dele, alguém que ele quer que nós sejamos, e quando graças a misericórdia de DEUS não consegue, então ele levanta pessoas pra declarar em calúnias que somos aquilo que ele quer que sejamos, e muitas pessoas acabam acreditando nisso, eu mesmo poderia ter sido até linchado por aquele povo que assistia o meu drama. Mas o importante é que DEUS sabe que não somos aquilo que dizem. Graças a DEUS que em todos esses casos eu nunca perdi a cabeça, e portanto nunca revidei com violência, e pode ter certeza que hoje sou grandemente abençoado por isso, pois se eu tivesse revidado ou procurado me vingar, estaria entrando no joguinho sujo do diabo, e só provaria que como eles eu estaria também agradando ao demônio. Graças a DEUS essa vitória o diabo não teve, eu sofri e até chorei, mas a vontade do diabo de que eu revidasse não aconteceu, por tanto seu plano não deu certo, porque a BIBLIA diz que a nossa luta não é contra a carne e nem contra o sangue, mas contra as potestades demoniacas que agem nesse mundo (Efésios 6:12). Hoje colho as bênçãos desse meu comportamento, pois DEUS guardou meu coração de fazer o mau para pessoas que me humilharam. A BIBLIA diz que a Vingança é do SENHOR DEUS DE ISRAEL, eu não preciso mover um dedo sequer, ele cuida de tudo para mim. O Diabo e seus demônios tentaram me humilhar, mas eles sim é que foram humilhados, pois o nome de JESUS CRISTO foi exaltado. A ele toda Honra, Glória e Poder para todo o Sempre.
QUE O SENHOR DEUS SOBERANO SEJA SEMPRE CONTIGO.
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MELVIN DELGADO NERY
Ministério MURALHA
QUE O GRANDE AMOR DE DEUS, A GRAÇA SALVADORA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO E A MAIS DOCE COMUNHÃO E CONSOLAÇÃO DO ESPIRITO SANTO ESTEJAM SEMPRE COM VOCÊ, AGORA E PARA TODO O SEMPRE.
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